Universidade de Aveiro disponibiliza acervo com mais de 2500 obras sobre África e Oriente

0
418

Captura de tela 2016-02-13 às 21.39.58Com informações da Universidade de Aveiro

A Universidade de Aveiro (Portugal), através do projeto “Memória de África e do Oriente”, possui em seu acervo online mais de 2500 obras, referentes à história dos países de Língua Portuguesa.

O Portal das Memórias de África e do Oriente é um instrumento pioneiro na tentativa de potencializar a memória histórica dos laços que unem Portugal e a Lusofonia, sendo deste modo uma ponte com o nosso passado comum na construção de um identidade coletiva aos povos de todos esses países. O Projeto iniciado em 1997 resulta de duas condições principais:

  1. Por um lado, os investigadores da realidade africana sentiam a necessidade de saber que publicações existiam sobre a África de língua oficial portuguesa e sobretudo a localização exata de onde se encontravam tais acervos documentais.
  2. Por outro lado, a Fundação Portugal África procurava apoiar e desenvolver projetos que prosseguissem os objetivos consagrados nos seus estatutos, designadamente afirmar-se como Fundação para esta área geográfica.

Da conjugação destas duas necessidades nasceu a ideia da construção de uma base de dados bibliográfica sobre os PALOP que envolvesse a componente localização geográfica, bem como descritores que permitissem uma melhor orientação da pesquisa.

os PALOP já tratados ou inventariados, a realidade não difere muito da realidade portuguesa, embora com algumas variações em função do país. Nos quatro países onde já foi feita recolha em acervos: Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, a Memória de África deu formação sobre catalogação e indexação de registos bibliográficos e equipou, instalou e formou pessoas nas aplicações informáticas que permitem a recolha desses mesmos registos. Esta intervenção permitiu na maioria dos casos uma reestruturação e normalização da informação existente, facilitando a troca de registos entre instituições.

Em Moçambique, 1999, em colaboração com o Instituto Camões, foi equipada uma sala do Arquivo Histórico, em Maputo, com dezasseis computadores pessoais que foram ligados em rede. Antes desta acção não existia qualquer tratamento informático neste Arquivo, estando os registos existentes em papel.

Em Cabo Verde, 2000, a “Memória de África” ampliou o parque informático do Arquivo Histórico Nacional, que possuía já alguns acervos informatizados, mas feitos com aplicações não normalizadas.

Na Guiné-Bissau, 2002, o processo de recolha deu-se após a guerra civil de 1998-1999. A “Memória de África” equipou com computadores pessoais o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, entidade depositária do maior espólio naquele país. Nesta instituição, devido à destruição do interior das suas instalações, provocada pela guerra, o processo foi iniciado do princípio, com a inventariação das existências.

Em 2006 foi tratado o Arquivo Histórico de S. Tomé e Príncipe, onde os registos existentes estavam em papel. À semelhança dos demais países, foi equipada uma sala com computadores e instalações de informática e dada formação idêntica à ministrada nos países acima mencionados. Durante a estadia foi feita digitalização de uma pequeníssima parte do acervo existente que está disponível para consulta na Biblioteca Digital.

Desde 2009 estão a ser tratados diversos arquivos e acervos em Goa. Foram entretanto identificadas inúmeras instituições, onde se iniciou a recolha de registos bibliográficos. Em finais de 2011 uma nova missão permitiu reforçar a formação.