Patrimônio cultural no Mali precisa de restauração urgente, alerta agência ONU

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Vendedores de peixe de Gao, norte do Mali, que fugiram para o sul de Mopti. Foto: IRIN/Anna Jeffreys
Vendedores de peixe de Gao, norte do Mali, que fugiram para o sul de Mopti. Foto: IRIN/Anna Jeffreys

Cerca de 90% do sítio arqueológico do século 11 de Gao Saneye, no norte do Mali, foi saqueado por extremistas islâmicos durante a invasão e ocupação da região em 2012.

Instrumentos musicais e fantasias tradicionais foram destruídos e uma mesquita, que faz parte do Patrimônio Mundial, precisa de reparos urgentes, informaram funcionários da ONU nesta quinta-feira (13).

O relatório sobre os danos ao patrimônio cultural na cidade de Gao, abordando tanto o local quanto as práticas culturais da população, foi divulgado após uma avaliação da ONU no ano passado sobre Timbuktu – região no norte do país, que também possui grande parte do patrimônio do Mali.

Segundo a ONU, os danos foram mais graves do que o esperado, incluindo a destruição de partes da mesquita Djingareyber, do século 15, uma das três escolas que compõem a Universidade de Timbuktu.

“No que diz respeito à herança de Gao, após tentativas violentas de extremistas armados de destruir a sua identidade e práticas culturais, incluindo a música tradicional, devemos abordar o trauma vivido pela população local”, disse o diretor local da UNESCO, Lazare Eloundou Assomo, após visitar a cidade com especialistas locais e internacionais.

“São necessárias medidas urgentes para salvaguardar o Patrimônio Mundial do túmulo de Askia antes da próxima estação das chuvas, em junho”, afirmou a agência, sobre o local onde acredita-se que os restos mortais do primeiro imperador dos Songhai estão enterrados.

Com informações da ONU