Por dentro da África
Neste sábado, o festival MIMO, em Paraty, no Rio de Janeiro, receberá Salif Keita, que ganhou projeção mundial nos anos 1980 e receber o título de “A voz de ouro da África”.
Nascido no Mali, Keita foi compositor, experimentou diferentes estilos e linguagens musicais. Ele apresentará ao público brasileiro um concerto intimista, em que retorna às origens, acompanhado por quatro instrumentistas e duas vocalistas.
Saiba mais sobre a programação do festival que começa nesta sexta-feira e vai até domingo AQUI!
A consagração inicial aliada à originalidade do formato – que contempla diferentes plateias, gêneros e ritmos – deu fôlego ao evento e permitiu ao festival se expandir para os pátios das igrejas, teatros e praças públicas e, também, para outras cidades-patrimônio: inicialmente, Recife e João Pessoa e, mais tarde, Ouro Preto, Paraty e Tiradentes.
Concertos MIMO 2015
Prêmio MIMO Instrumental – Strobo (Brasil)
Data: 02/10 Sexta-Feira às 22hSelecionado pelo júri do Prêmio Mimo Instrumental 2015, o duo paraense formado pelo guitarrista Léo Chermonte o baterista Arthur Kunz chama a atenção pela sonoridade inovadora que produz. O Strobo faz uma mistura interessante do hard rock com a guitarrada amazônica, o carimbó, o pop, o blues e a música eletrônica contemporânea, através de instrumentos acústicos e sintetizadores. Com estética e estilo próprios, influências dos ritmos regionais, do jazz, do Led Zeppelin e do Kraftwerk, a dupla foi criada em 2011 e já tem três álbuns lançados, o último deles intitulado “Mamãe quero ser pop”, de 2014.
Jacob Collier – (Reino Unido)
Data: 02/10 Sexta-Feira às 00h00
Multi por essência e diferente de tudo o que já se viu e ouviu, Collier é considerado o novo Messias do jazz (“The Guardian”) e estreia produzido por Quincy Jones. Enquanto os vídeos de suas performances viralizam em mais de 4 milhões de visualizações, o prodigioso inglês, de 21 anos, se transforma no palco numa verdadeira orquestra e coral. Dono de sólido conhecimento musical, lança mão da tecnologia de última geração para arrasar nas harmonias vocais, no piano acústico, teclados, contrabaixo, bateria e o que mais passar pela frente. Tudo junto ao mesmo tempo. Em suas desconcertantes apresentações, inclui temas de Stevie Wonder, Gershwin, Chaplin, Bacharah & David, misturados a elementos de folk, groove, gospel, música brasileira e Trip hop. Atração exclusiva do MIMO, acaba de conquistar o público do Montreux Jazz Festival, abrindo a noite para Chick Corea e Herbie Hancock, astros que já se tornaram seus fãs.
Carlos Malta & Pife Muderno (Brasil)
Data: 03/10 Sábado às 22h
O Pife Muderno, que reúne a nata de instrumentistas brasileiros na releitura contemporânea das tradicionais bandas de pífano, com pitadas do jazz, rock e MPB, está celebrando 20 anos de existência. Liderado pelo virtuoso flautista, saxofonista e compositor Carlos Malta, é formado pela flautista da Sinfônica Nacional Andrea Ernest Dias e pelos percussionistas Marcos Suzano, Oscar Bolão, Bernardo Aguiar e Durval Pereira. Com novo álbum na praça, gravado ao vivo no Forbidden City Music Hall, na China, o original grupo passeia com vigor por clássicos da música popular e composições próprias.
Salif Keita (Mali)
Data: 03/10 Sábado às 00h00
Um dos primeiros a extrapolar as fronteiras da música da África Ocidental, na direção do rock, do funk e do jazz, Keita ganhou projeção mundial ao estourar na França nos anos 1980 e receber o título de “A voz de ouro da África”. Descendente direto do Império Mali, rompeu a tradição para perseguir o sonho de construir uma carreira artística. Sua voz clara e potente foi forjada nos campos. Como compositor, experimentou diferentes estilos e linguagens musicais. Ele apresentará ao público brasileiro um concerto intimista, em que retorna às origens, acompanhado por quatro instrumentistas e duas vocalistas.
Orquestra Sinfônica Cesgranrio (Brasil)
Data: 04/10 Domingo às 12h00
Sob a batuta de um dos jovens regentes brasileiros de destaque, Eder Paolozzi (discípulo de Isaac Karabtchevsky no Curso MIMO de Regência), a recém-criada sinfônica carioca é formada por 50 instrumentistas. Com o objetivo de se transformar em um espaço de formação e aprimoramento de novos talentos e o desejo de se tornar itinerante, a fim de levar a música clássica a todos os cantos do Rio de Janeiro e do Brasil, preparou um concerto especial para a sua estreia no palco do MIMO Festival. No repertório, estão obras dos mestres Villa-Lobos, Alberto Nepomuceno, Samuel Barber e Mendelssohn.
IGREJA DA MATRIZ
Duo Milewski (Brasil)
Data: 03/10 Sábado às 19h30
O Duo participa há onze anos do MIMO, em sua Etapa Educativa e em concertos com repertório que vai da música barroca até o chorinho, passando pelo jazz e pela música polonesa. Foi criado nos anos 1960, quando o violinista polonês Jerzy Milewsky conheceu e se casou com a pianista brasileira Aleida Schweitzer. Desde então, se apresenta por todos os continentes. Mestre em Artes pela Academia de Música de Varsóvia, agraciado com a medalha Henryk Wieniawski e por John Rockefeller com o título de “Embaixador Mundial de Música”, ele é pioneiro dos “Concertos didáticos” no Brasil e responsável pela gravação das obras para violino de Flausino Vale, o “Paganini brasileiro”. Gravou Vivaldi, Bach e Handel, e atuou com Altamiro Carrilho, Sivuca, Luis Eça, Chico Buarque, entre outros. Aleida estudou no Rio de Janeiro, no Conservatório Real de Amsterdã e na Academia de Música de Varsóvia. Exibiu-se com importantes artistas, como Jean Pierre Rampal, Boris Pergamenshikov e Anatoly Krastev.
Zukerman Trio (Israel)
Data: 04/10 Domingo às 16h
Um dos dez maiores regentes em atividade nas principais salas de concerto do mundo e violinista excepcional (ele foi discípulo de Isaac Stern), Pinchas Zukerman é considerado um fenômeno da música clássica internacional. Com seu magnetismo, prodigiosa técnica e incomparável nível artístico, realiza numerosas apresentações em todos os continentes a cada ano e gravou mais de uma centena de álbuns, tendo recebido dois Grammy nas 21 vezes em que foi indicado ao prêmio. Ele apresentará, ao lado da pianista canadense Angela Cheng e da violoncelista sul-africana Amanda Forsyth, obras-primas de Brahms, Beethoven e Mendelssohn.