Com informações do SESC
Em cartaz de 19 de novembro a 28 de fevereiro, a mostra“AquiAfrica”, no Sesc Belenzinho, reúne pintura, foto, desenho, escultura, vídeo e instalação de 13 artistas africanos, que abordam temas como imigração, racismo, ecologia, consumismo, tradições culturais e sistemas de poder
Entre os artistas participantes, dois estão no Brasil produzindo as obras que exibirão em “AquiAfrica”: o senegalês Omar Ba, que em suas pinturas revela um mundo colorido, fantástico e às vezes caótico, construindo uma narrativa crítica em torno da política africana, e o camaronense Barthélémy Toguo, que desenvolve instalações por meio de um processo de acumulação, com temas inspirados em suas viagens e na divisão entre ocidente e não-ocidente.
Na seleção da mostra que tem a curadoria de Adelina von Fürstenberg, está Frédéric Bruly Bouabré, da Costa do Marfim, considerado um dos mais originais artistas africanos após ter sido descoberto na exposição “Les Magiciens de la Terre”, no Centre Georges Pompidou, em Paris, em 1989, a mesma que revelou o pintor conguês Chéri Samba, que também integra a mostra. O cineasta Abderrahmane Sissako, da Mauritânia, com dois filmes já exibidos no Festival de Cannes (“Esperando a Felicidade” e “Timbuktu”) é outro destaque de “AquiÁfrica”.
Confira a relação completa dos artistas e das obras
Abderrahmane Sissako (filme)
Nasceu em 1961, na Mauritânia. É diretor de cinema e produtor, vive e trabalha na França e é um dos poucos cineastas da África Subsaariana a conquistar influência internacional. Em 2014, seu filme “Timbuktu” foi selecionado para concorrer a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Participou mais duas vezes do Festival de Cannes, em 2002, com o filme “Heremakono” (Esperando a Felicidade), e em 2007 com o “Bamako”.
Filme: “N’Dimagou” (Dignité), 2008, Curta-metragem, cor, som 3’15”
Segmento do longa-metragem “Stories on Human Rights” – Produzido por ART for The World, Genebra e SESC, São Paulo
Barthélémy Toguo (instalação)
Nascido em 1967, em Camarões, vive e trabalha em Paris. Trabalha com escultura, pintura, vídeo, fotografia e performance, utilizando como referência em seu trabalho a divisão entre o Ocidente e o Não-Ocidente, e a crise imigratória. Em 2012, participou da Trienal de Paris e da Bienal de Havana.
Instalação: “Estrada para o exílio”, 2015. Será produzida no Sesc Belenzinho, com madeira, tecido, garrafas pet e sacolas plásticas.
Chéri Samba (pintura)
Um dos artistas africanos contemporâneos mais famosos, Chéri nasceu em 1956, no Congo. Hoje, vive e trabalha na França e no Congo. Sua obra está presente nas coleções do Centre Georges Pompidou, em Paris, e do Museu de Arte Moderna de Nova York. Em 2007, participou da Bienal de Veneza. Suas pinturas quase sempre incluem um texto em francês e lingala (idioma falado no noroeste do Congo), comentando sobre a vida na África e no mundo moderno.
Pinturas: “O segredo do peixinho que cresceu”, 2002 (acrílico e glitter sobre tela), “O comum dos políticos”, 2003 (acrílico e glitter sobre tela), e “O mundo que vomita”, 2004 (acrílico sobre tela).
Edson Chagas (fotografia)
Nasceu em Angola, em 1977, onde vive e trabalha. O artista usa a fotografia como um processo que investiga a vida cotidiana e também utiliza as imagens para fazer uma crítica ao consumismo. Em 2003, o pavilhão de Angola foi premiado na Bienal de Veneza com o Leão de Ouro de melhor participação nacional e Chagas foi o principal artista com a instalação de fotos “Luanda, Cidade Enciclopédia”.
Fotos: “Oikonomos”, 2011, série de fotografias, impressão cromogenica sobre papel fotográfico.
Exposição “AquiAfrica” no Sesc Belenzinho
Abertura: 18 de novembro, às 20h (para convidados)
Período expositivo: 19 de novembro de 2015 a 28 de fevereiro de 2016
Local: Galpão, Área de exposições e Átrio da Torre do Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000 – São Paulo
Horários: terça a sexta, das 13h às 21h, sábado, domingo e feriados, das 11h às 19h
Telefone: (11) 2076-9700 |
Entrada gratuita | Livre para todos os públicos