Mavenda Nuni ya África
Por dentro da África
Disseram que nós éramos sem alma;
Disseram: “vós sois os filhos dos santos e santas”;
Falaram eu não existia,
que eu era o diabo em pessoa.
Disseram que a minha vida era inferno;
disseram ainda que éramos animais sem caráter.
Mas eles cometeram crimes, mais que a palavra crime!
Lançaram no mar os meus restos de identidade;
misturaram as falas sem maturidade.
Vão eles sem nós?
Nunca as preguiças lhes persegue
dessa dor insensível do cárcere,
das consequências sem percepções nos próprios consequentes;
Fogem lá! E com eles levam os recursos e mais inocentes!
Disseram que os meus filhos agradeceriam por serem levados
e postos a trabalhar sem ou com correntes.
As lembranças amargas dos dizeres deles…
Não assustem, senão sereis covardes como eles;
Do século XV ao XIX, levaram e disseram sempre com a violência das classes altas;
Não se esqueçam, o sofrimento e a dor nunca se apagam na hora;
só se for escravo de opinião dos mesmos caras!
Corram atrás das felicidades contrárias,
desconstruam e descontrolem os drogados,
pois sereis hipnotizados!
Contrário é o inferno inexistente…
Gabriel Ambrósio
Mavenda Nuni ya África