Por Suleimane Alfa Bá, Por dentro da África
São Francisco do Conde – Caros irmãos guineenses, lideres dos partidos políticos, representantes de movimentos da sociedade civil e deputados da nação, o nosso país se encontra mais vez em dos momentos mais difíceis e complicados da sua democracia. O momento é de muita tensão entre as partes que compõem o Estado guineense. A crise política instaurada no país antes e até o momento da queda do governo, ainda é presente no meio da sociedade guineense.
Muitos esforços têm sido feitos pelas organizações da sociedade civil, pela comunidade internacional e pelo povo da Guiné-Bissau para ultrapassarmos a crise que ainda prevalece no nosso país. Mas, a falta de um espírito patriótico por parte dos nossos atores políticos e, a recusa de um diálogo eficaz entre as partes envolvidas no processo, continuam a criar dificuldades para uma solução.
Após 42 da independência, devido à instabilidade, a perversa gestão, corrupção e entre outros fatores, os problemas sócio-políticos da Guiné-Bissau são ainda mais preocupantes. isso faz com que o nosso país caminhe em direção ao abismo. Assim sendo, torna-se quase impossível que o Estado consiga criar condições necessárias para que haja estabilidade duradoura como satisfazer a necessidade popular e corresponder as expectativas dos mesmos.
Já passou muito tempo desde a conquista da independência, e, como todos os países que passaram pelo mesmo processo, nós ainda estamos no processo de consolidação da nossa “jovem” democracia. Por isso, o momento não é de apontar “dedos” para acharmos um“culpado” ou os “culpados”, mas, sim, de procurarmos mecanismos que facilitem a inclusão de todas as partes envolvida (sem exceção), para uma profunda reflexãosobre o futuro do nosso país.
Sinó sinta nó combersa nóna resolbi nó purblemas, as crianças precisam viver numa Guiné-Bissau melhor e estável. Os jovens precisam de uma Guiné no qual haja mais oportunidades, em geral, o povo precisa de tranquilidade. Mas, isso só será possível se houver estabilidade, quando sem conflitos de interesses pessoais em prol dos interesses da nação.
Portanto, como cidadão guineense que sou, peço a todos que procuremos a melhor forma de ultrapassarmos essa crise, e, no momento o caminho mais propício é nos dialogarmos.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau, e o seu Povo.
Suleimane Alfa Bá, estudante de ciências humanas pela Universidade de Integração Internacional da lusofonia Afro-Brasileira-UNILAB e bolsista de iniciação científica
suleimaneba@yahoo.com.br