Mãe
Caminharei para ti e por ti sem temer
as agruras da vida, sombras e pontes inseguras do destino,
Caminharei, porque assim me ensinaste a arte de viver
a forma de amar e o sentido de ser.
Contra as curvas dos dias
brota no meu peito a saudade
e o romper do desespero.
E assim, de braços cruzados e impotentes,
perante as emoções sóbrias e descontentes
a inquietação dos pesadelos da vida,
a boca da noite me atormenta
com as lembranças de como é viver e sentir uma despedida.
Destino, não me censure
somente porque a minha vida
é o reencontro da tua presença,
Entre o canto e sangue que chora.
Mãe , é o amor presente
com a presença plural de afagos,
que marcha em frente
mesmo que o destino caminhe,
tecendo a vida na voz e ao sabor do vento,
Ela traz o alento dos dias a doçura da noite cantante.
É no amor dela, onde o desespero da terra se ausenta!