Séculos perdidos no próprio solo,
solo dividido pelos outros povos,
genocídio aos povos.
Quem sente a morte dos nossos irmãos do Kongo?
Os políticos “amantes do poder” não estão nem aí.
Eles, os policiais e as forças da segurança estão a serviço dos ditadores.
O povo dividido tenta erguer a memória,
tenta acordar os espíritos dos guerreiros do passado.
Raízes espirituais ignorados pela elite afrikana
Sacanas, bárbaros no meio do povo
foram os mesmos que se aliaram
para acabar com Lumumba, Sankara, Biko.
Bárbaras marionetes, egoístas e estúpidos.
Kulumbimbi inspirou
Ontem era sagrado, hoje, nos separou.
Ditadores, estamos cansados.
Quantos foram no plano do rei Leopoldo II?
Kabila está reencarnado pelo Leopoldo II?
Ou o espírito do Mobutu político reina em mentes de corruptos?
Yantu betu befuanga (Nossa gente está morrendo),
Lufua mpaz (A morte é sofrimento).
Será que se pode acabar com o vosso ódio desenfreado?
Os vizinhos da maldita república não veem?
“EU SOU O KONGO”
Eu sou o afrikano, a criança afrikana, a mulher afrikana.
Eu sou kongo, sofro por Angola e Kongo.
Eis a fúria do pássaro
Mavenda Nuni y´Áfrika, 2016.
(Homenagem a todos aqueles que lutam e morrem pelos seus povos)