Plano da ONU vai combater mortalidade infantil no Sudão do Sul

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Foto: UNICEF/Christine Nesbitt

Com informações da ONU

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) anunciaram nesta quarta-feira (09) um plano conjunto para combater a fome no Sudão do Sul e assistir mais de 2 milhões de pessoas, entre crianças, mulheres grávidas ou que tiveram filho recentemente. No país, a cada dois minutos uma criança se torna malnutrida. O Sudão do Sul enfrenta uma guerra civil que teve seu estopim em 2013 e já forçou milhões de cidadãos a abandonarem suas casas em busca de segurança.

A cooperação entre as agências quer atacar as causas por trás das crises de fome, como pobreza, hábitos alimentares entre os mais jovens e falta de saneamento básico. O UNICEF e o PMA articulam parcerias desde 2014, quando conseguiram oferecer assistência a 1 milhão de pessoas. “Ano passado, ajudamos a evitar uma crise de fome. Agora, temos que aumentar nossos esforços para evitar uma perda catastrófica das vidas de jovens crianças”, disse o representante da UNICEF no Sudão do Sul, Jonathan Veitch.

Apesar dos avanços, a situação do país vem se agravando desde abril deste ano, quando conflitos étnicos entre o governo e forças rebeldes obrigaram milhares de pessoas a fugir para regiões selvagens e pantanosas, onde não há assistência humanitária. “Serviços básicos que haviam sido reestabelecidos ao longo do ano passado foram destruídos, incluindo hospitais, água potável e centros de tratamento da fome”, destacou o pronunciamento das agências da ONU.

Em agosto, foi negociado um acordo de paz entre o governo e as forças rebeldes, mas a situação no país continua instável. Serviços de saúde e alimentação permanecem fora do alcance de grande parte da população. O programa de nutrição das agências conta com o apoio financeiro da Comissão Europeia, do Japão, da Noruega, da Suíça, do Reino Unido e dos Estados Unidos.