Rio – A República Centro-Africana (RCA), Etiópia, Malauí, Mali, Níger e Sudão do Sul são os primeiros países africanos a receber 2 milhões de dólares cada um do Fundo de Garantia de Solidariedade na África.
Os acordos foram assinados nesta segunda-feira com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), durante a Conferência Regional da agência da ONU para a África, em Túnis, na Tunísia.
“O Fundo de Garantia de Solidariedade na África mostra que os países africanos estão prontos para acelerar e trabalhar com seus vizinhos para construir uma região segura e sustentável de alimentos, e para ter o futuro que queremos”, disse o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, que incentivou também outros governos africanos para juntar-se ao esforço e contribuir para o Fundo.
No relatório final adotado pela Conferência foi reconhecida a importância de melhorar as oportunidades de negócios na agricultura, possibilitando, principalmente, aos jovens africanos um caminho para a inclusão social, a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.
O Fundo será usado para apoiar vários projetos, visando a melhorar a segurança alimentar, a nutrição, a agricultura e o desenvolvimento rural dos países beneficiados.
Além de criar políticas e programas para melhorar a gestão dos recursos naturais e a qualidade da produção alimentar, os recursos reforçarão a capacidade de resiliência a longo prazo e os meios de subsistência nas zonas afetadas pelos conflitos, além de aumentar rapidamente a disponibilidade de alimentos nutritivos como transferências de fundos, merendas escolares e jardins escolares.
O Fundo de Garantia de Solidariedade na África foi proposto em 2012 pelo presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, durante a Conferência Regional para África em Brazzaville, capital congolesa. Foi lançado oficialmente em 2013 com um plano de financiamento de 30 milhões de dólares da Guiné Equatorial e um financiamento adicional de 10 milhões de dólares de Angola, entre outras contribuições. Espera-se que outros países contribuam com o Fundo nos próximos meses.
Com informações da ONU