Com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), a República Democrática do Congo começou nesta segunda (21) uma campanha de vacinação contra o ebola, que provocou 26 mortes desde a última sexta-feira (18). No noroeste do país, foram identificados 46 casos suspeitos.
Hoje, receberam o tratamento imunizante os profissionais de saúde que trabalham nas zonas com circulação do vírus. Nos próximos dias, será a vez das comunidades. Na avaliação do chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus, “a vacinação será fundamental para controlar esse surto”.
A Aliança Global de Vacinas, conhecida pela sigla GAVI, apoia a estratégia de imunização e vai repassar 1 milhão de dólares à República Democrática do Congo, para cobrir custos operacionais da iniciativa. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a organização Médicos Sem Fronteiras também se uniram ao governo congolês para ajudar na implementação da campanha.
O Ministério da Saúde do país adotou um modelo de imunização conhecido como vacinação em anel — quando todas as pessoas que tiveram contato com um paciente confirmado de ebola são rastreadas e vacinadas. O mesmo acontece com os indivíduos que encontraram essas pessoas com potencial risco de terem sido infectadas. Até o momento, cerca de 600 congoleses já foram identificados e devem receber a vacina.
Segundo o diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, a logística para que a campanha dê certo é bastante complexa. “As vacinas precisam ser armazenadas a uma temperatura entre 60ºC negativos e 80ºC negativos. Então, transportá-las e armazená-las nas áreas afetadas é um grande desafio”, explicou o especialista.