Rio – As Nações Unidas e o Banco Mundial vão investir 200 milhões de dólares para melhorar a saúde reprodutiva de mulheres e a educação de meninas na região africana do Sahel. O compromisso foi assumido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelo presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim, na última semana.
O Projeto Demográfico e de Empoderamento das Mulheres do Sahel deve melhorar a disponibilidade e a acessibilidade a produtos de saúde reprodutiva e centros de treinamento especializados para o desenvolvimento rural nos serviços de obstetrícia e enfermagem.
Financiado pela Associação do Banco Mundial para o Desenvolvimento Internacional, o novo programa será estreitamente coordenado pelas agências da ONU e outros parceiros.
– À medida que trabalhamos para acabar com a pobreza no mundo em desenvolvimento, sabemos que educar as meninas adolescentes e dar serviços de saúde para as mulheres vai levar a uma maior prosperidade não apenas para as famílias individualmente, mas também para todas as economias – disse Kim.
O Grupo Banco Mundial vai doar no total 350 milhões de dólares para a iniciativa – incluindo os 200 milhões anunciados na quarta feira e até 100 milhões para o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A verba do UNFPA será baseada nas solicitações dos países para a área de saúde reprodutiva.
– Alta fertilidade, rápido crescimento populacional e uma grande população de jovens apresentam desafios únicos no Sahel, onde escolhas certas podem melhorar a saúde das mulheres e meninas, diminuir a fertilidade e expandir oportunidades – disse o diretor executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin.
O Sahel sofreu três grandes secas em menos de uma década. Mais de 11 milhões de pessoas estão correndo risco de passar fome e 5 milhões de crianças menores de cinco anos correm risco de desnutrição aguda.
A instabilidade política e as mudanças inconstitucionais nos Governos tiveram consequências econômicas e sociais significativas na região. Atos terroristas e o crime organizado também têm ameaçado a estabilidade dos países.
Com informações da ONU