Portos de Angola e Moçambique podem aliviar os impactos da Covid-19

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Porto de Luanda – David Stanley from Nanaimo – Wikipedia Commons

Com informações da ONU News 

A operação dos portos de Angola e Moçambique pode ser um motor para aliviar os impactos da pandemia do novo coronavírus na África Austral. A declaração foi feita por Lola Castro, diretora-regional do Programa Mundial de Alimentação (PMA) para África Austral e Oceano Índico.

“A operação na África Austral neste momento estava dedicada à alimentação das pessoas atingidas pela seca e também por aqueles ciclones que atingiram Moçambique, como o Idai e o Kenneth, no ano passado. Neste momento, estamos a trabalhar de uma maneira diferente devido à Covid-19”, disse Lola.

Segundo a diretora, com a transmissão ativa do vírus, há grupos que têm merecido mais atenção como pacientes de outras enfermidades e refugiados no norte de Angola que estão com dificuldade para continuar a sua repatriação para a República Democrática do Congo.

A agência já apoiava milhões de famílias em toda a região onde milhões de habitantes estão comendo menos. Recentemente, o PMA pediu apoio financeiro adicional para áreas como transporte, armazenamento e engenharia em áreas afetadas.

Técnicos da agência conduzem operações de rastreamento de carga, apoiam armazéns e fazem atendimento em toda a África em colaboração com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África. Mas os dois países lusófonos têm papel determinante nas suas áreas.

“Neste momento, estamos a modificar os nossos modos de distribuição. Normalmente, fazemos distribuição com produtos alimentares a grupos grandes. Agora temos que ter grupos de pessoas reduzidas. Também temos que ter proteção para as ONGs e pessoal do PMA que trabalha naquelas distribuições e é muito importante também manter os portos abertos. Portos como o de Luanda, Maputo e Beira são muito importantes para toda a região da África Austral.”

Para o Programa Mundial de Alimentação, a Covid-19 é uma nova ameaça que alterou as ações essenciais na área onde 16 países começaram o ano anunciando um recorde de 45 milhões de pessoas enfrentando insegurança alimentar.