A operação dos portos de Angola e Moçambique pode ser um motor para aliviar os impactos da pandemia do novo coronavírus na África Austral. A declaração foi feita por Lola Castro, diretora-regional do Programa Mundial de Alimentação (PMA) para África Austral e Oceano Índico.
“A operação na África Austral neste momento estava dedicada à alimentação das pessoas atingidas pela seca e também por aqueles ciclones que atingiram Moçambique, como o Idai e o Kenneth, no ano passado. Neste momento, estamos a trabalhar de uma maneira diferente devido à Covid-19”, disse Lola.
Segundo a diretora, com a transmissão ativa do vírus, há grupos que têm merecido mais atenção como pacientes de outras enfermidades e refugiados no norte de Angola que estão com dificuldade para continuar a sua repatriação para a República Democrática do Congo.
A agência já apoiava milhões de famílias em toda a região onde milhões de habitantes estão comendo menos. Recentemente, o PMA pediu apoio financeiro adicional para áreas como transporte, armazenamento e engenharia em áreas afetadas.
Técnicos da agência conduzem operações de rastreamento de carga, apoiam armazéns e fazem atendimento em toda a África em colaboração com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África. Mas os dois países lusófonos têm papel determinante nas suas áreas.
Para o Programa Mundial de Alimentação, a Covid-19 é uma nova ameaça que alterou as ações essenciais na área onde 16 países começaram o ano anunciando um recorde de 45 milhões de pessoas enfrentando insegurança alimentar.