Pesquisadora queniana vence prêmio mundial de inovação para alimentação

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Charity Mutegi realizando entrevistas em fazendas no Quênia - Foto: Divulgação Rio – Pelo reconhecimento ao trabalho de redução dos efeitos da aflotoxina, substância tóxica que pode ser fatal, a pesquisadora queniana Charity Mutegi venceu o Prêmio Norman Borlaug 2013, oferecido pelo Prêmio Mundial de Alimentação e pela Fundação Rockefeller.

O Prêmio Borlaug (em homenagem ao pai da Revolução Verde e Nobel da Paz 1970 Dr. Norman Borlaug, falecido em 2009) reconhece cientistas com idade inferior aos 40 anos pela dedicação à segurança alimentar.

A pesquisadora de 38 anos desenvolveu, nos últimos 10 anos, um produto capaz de reduzir, em mais de 80%, os efeitos adversos da aflotoxina, que afeta diferentes culturas agrícolas.

Além de provocar hemorragias e afetar o sistema imunológico, a infecção por aflotoxina também pode provocar graves danos ao fígado, tais como cirrose hepática, carcinoma ou edema, o que, em estado agudo, pode ser fatal.

Neste momento, o produto está na fase de comercialização na Nigéria e no Quênia, dois países pioneiros nas pesquisas.

De acordo com Charity Mutegi, seu projeto permite uma gestão permanente da aflotoxina desde a fase de desenvolvimento da planta até a pós-colheita. A queniana receberá o prêmio no Dia Mundial de Alimentação, no dia 16 de Outubro, em Iowa, nos Estados Unidos.

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