Com informações da ONU
Nesta sexta-feira, a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, decretou o atual surto de ebola como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. A declaração, realizada em uma coletiva de imprensa em Genebra (Suíça), confirma a recomendação unânime tomada pelo Comitê de Emergência, formado por especialistas internacionais, sobre o atual surto de ebola em Guiné, Libéria e Serra Leoa, que já se espalhou para a Nigéria.
Chan alertou também para o fato de que “a segurança de nossa saúde coletiva” depende do apoio urgente aos países afetados ao afirmar que “este é o maior, mais grave, mais complexo surto na história de quase quatro décadas desta doença”. Apesar disso, o Comitê afirmou, que não deve haver nenhuma proibição geral de viagens ou comércio internacionais.
O governo brasileiro, em articulação realizada entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Relações Exteriores e em cooperação humanitária com a Guiné, a Libéria e Serra Leoa, está realizando doações de “kits calamidade” para apoio às atividades locais.
Cada kit é composto por 30 medicamentos e 18 insumos básicos de saúde, com capacidade para atender 500 pessoas por três meses. Em junho foram doados quatro kits para a Guiné, para uso no Hospital Nacional de Donka, e se encontram em andamento doações de cinco kits para a Libéria e cinco para Serra Leoa, em coordenação com as representações locais da OMS.
Até 4 de agosto o número de pessoas que haviam contraído o vírus ebola nos quatro países era de 1.711. Destes, 932 haviam morrido devido à doença.