OMS pede apoio para a promoção da saúde mental no continente africano

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Foto ilustrativa sobre prevenção ao suicídio – Fonte: OMS

Com informações da ONU NEWS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou uma campanha para alertar e incentivar sobre os riscos e a prevenção do suicídio no continente africano, onde 11 em 100 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos. A média global é de nove casos por 100 mil habitantes.

Para a agência da ONU, a razão, em parte, está conectada aos limitados meios de ação disponíveis para tratar e prevenir os fatores de risco, como transtornos mentais. A condição afeta atualmente 116 milhões de pessoas, mais que o dobro do total de 1990, quando havia 53 milhões.

Com sua campanha nas redes sociais lançada antes do Dia Mundial da Saúde Mental, em Outubro de 2022, a OMS espera atingir 10 milhões de pessoas em África.

A meta é conscientizar o público sobre como identificar quem sofre com um problema mental e combater o estigma associado ao suicídio, epilepsia, transtornos mentais e abuso de álcool e drogas.

A agência espera mobilizar o apoio de governos e legisladores para dar mais atenção e financiamento a programas dedicados à saúde mental. Os esforços incluem treinar profissionais de saúde para cuidarem melhor das pessoas com pensamentos suicidas e informar a elas sobre onde obter ajuda.

Seis dos 10 países com maiores taxas de suicídio no mundo estão em África e estudos indicam que um em cada 20 tentativas é bem-sucedida. Os meios mais utilizados para cometer o suicídio são enforcamento, envenenamento por agrotóxicos, afogamento, armas de fogo e overdose de drogas.

Matshidiso Moeti, diretora-regional da OMS para África defendeu a inclusão da prevenção do suicídio nos programas nacionais de saúde e disse que a pratica é uma tragédia e grande problema de saúde pública.

Os problemas de saúde mental representam até 11% dos fatores de risco associados ao suicídio. Em média, os governos africanos alocam menos de 50 centavos per capita para a saúde mental contra 10 centavos em 2017. Para os países de baixa renda, a OMS recomenda US$ 2 por pessoa.