OMS autoriza quatro países africanos a usar vacina contra o ebola

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Vacinação contra o ebola na República Democrática do Congo – Foto de OMS

Com informações da ONU News

Quatro países africanos sob risco de registrar surtos ebola têm permissão da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a circulação da vacina Ervebo, que combate a doença. O produto foi desenvolvido pela farmacêutica Merck e já pode ser armazenado e distribuído na República Democrática do Congo, Burundi, Gana e Zâmbia. A autorização foi dada três meses após a pré-qualificação pela OMS.

Eficácia

A agência destaca que a vacina mostrou uma eficácia de 97,5% nos testes preliminares. De acordo com esses resultados, ela reduz a possibilidade de morte dos que já foram infetados.

Nas próximas semanas, espera-se que mais países venham a registrar a vacina. Uma vez disponível na quantidade autorizada, cada nação dispensará quaisquer ensaios clínicos ou protocolos de pesquisa para usá-la.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que a aprovação da vacina contra o ebola é um outro marco no combate à doença. Para ele, a África mobilizou-se, arduamente, para consolidar o progresso e salvar seu povo da doença.

A agência da ONU acelerou o registro e a implantação da vacina certificando que esta cumpria seus padrões de qualidade, segurança e eficácia. O novo processo de  pré-qualificação de vacinas foi anunciado em novembro passado.

Medidas

Para alcançar esta meta, houve coordenação de exames científicos com autoridades nacionais. Para abreviar essas medidas, a OMS atuou com o Fórum Africano de Regulamentação de Vacinas, a Agência Europeia de Medicamentos e a farmacêutica Merck.

Para a representante da OMS para a África, Matshidiso Moeti, a rápida aprovação da vacina contra o ebola pelos países da região ajuda a garantir que este produto “esteja disponível quando e onde for mais necessário”.

No atual surto de ebola na República Democrática do Congo, mais de 290 mil pessoas foram vacinadas sob os protocolos do chamado uso compassivo, quando a vacina é aplicada sem ter sido licenciada comercialmente.

A OMS destacou que quando as doses autorizadas já estiveram disponíveis em território congolês, o uso da vacina não exigirá que sejam observados os protocolos previstos.