Os déficits mais elevados de acesso a esgoto estão entre as mulheres autodeclaradas pardas, indígenas e pretas. Nesses grupos, as taxas de incidência de escoamento sanitário inadequado foram de 24,3%, 33,0% e 40,9%, respectivamente. Também são as mulheres autodeclaradas negras (pardas e pretas) que têm mais dificuldade de acesso à água. Pesquisa foi anunciada pela plataforma digital Mulheres e Saneamento.
Assim, como cuidadoras, as mulheres são mais afetadas quando membros da família adoecem como resultado da inadequação do acesso à água, ao esgotamento sanitário e à higiene. Também devido a esse papel, as mulheres estão em maior contato físico com a água contaminada e com dejetos humanos quando a infraestrutura de saneamento é inadequada.
No Brasil, 15,2 milhões de mulheres no Brasil declararam não receber água tratada em suas moradias e 27 milhões sem acesso adequado à infraestrutura sanitária. Isso reduz consideravelmente a capacidade de produção delas no mercado de trabalho, além de estarem mais suscetíveis a doenças infecciosas como cólera, hepatite e febre tifoide.
A plataforma mostra essa realidade brasileira de uma forma mais visual e acessível para o grande público, por meio do recurso digital.
Resolução da Assembleia Geral da ONU, de dezembro de 2016, destacou a situação das mais de 2,5 bilhões de pessoas que vivem sem acesso a banheiros e sistemas de esgoto adequados no mundo todo.