Surto do ebola: FAO propõe ações para frear a propagação do vírus

0
162
Diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, durante o encontro. Foto: FAO

Com informações da ONU

Rio – O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, destacou nesta segunda-feira (29) a necessidade de realizar controles de saúde animal para ajudar a frear a propagação do ebola e outras doenças infecciosas perigosas para os seres humanos.

A sugestão foi realizada em um encontro promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, onde estiveram presentes também responsáveis da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e representantes de mais de 40 países em uma reunião sobre a Agenda de Segurança Sanitária Mundial.

Tanto Graziano da Silva como Obama sublinharam a importância da cooperação entre países para estancar o alastramento da doença na África Ocidental, com o presidente norte-americano lembrando que “nenhuma nação pode enfrentar esse desafio sozinho. Ninguém está tão isolado”.

O diretor-geral da FAO enfatizou que “é necessário estabelecer programas mundiais de preparação, vigilância e resposta” e adicionou que, ao centrar a atenção na prevenção, os países podem reduzir ao mínimo a perda de vidas humanas quando as doenças passam de animais para a população e, portanto, são mais difíceis de serem administradas.

Ele também alertou sobre o impacto desta epidemia na segurança alimentar e nos meios de vida das comunidades afetadas, advertindo sobre uma potencial insegurança alimentar de longo prazo na região, como resultado da interrupção prolongada da colheita e falta de novos plantios.

No seu discurso, o diretor-geral mencionou também outras doenças emergentes recentes de origem animal que afetam os seres humanos, como a gripe aviária H5N1, a Síndrome Respiratória Aguda Severa e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, conhecidas pelas suas siglas em inglês SARS e MERS, respectivamente.

Com informações da ONU