Adis Abeba – De acordo com Afonso Pedro Canga, ministro da Agricultura de Angola, o investimento em geração de renda no meio rural é essencial para erradicar a fome em Angola. Atualmente, cerca de um terço da população angolana vive na capital Luanda. Este “inchaço” é consequência da guerra civil (1975 a 2002), já que, durante os conflitos, milhões de angolanos deixaram as zonas rurais.
Em menos de 30 anos, a cidade de Luanda cresceu cinco vezes. Hoje, estima-se que sua população esteja em torno dos 5 milhões de habitantes, e pelo menos outros cinco milhões vivem nas cidades próximas, na província de Luanda.
Para combater este processo de esvaziamento do campo, o ministro de Agricultura angolano aposta na concessão de crédito agrícola. Segundo Canga, nos últimos anos o governo concedeu 350 milhões de dólares em crédito agrícola para 92 mil agricultores.
O país, que tem sua economia fortemente dependente das receitas do petróleo, também anunciou recentemente a doação de 10 milhões de dólares ao Fundo Fiduciário da Solidariedade Africana, criado para investir em projetos de erradicação da fome no continente e administrado pela Agência das Nações Unidas para Agricultura Alimentação (FAO).
O ministro falou com o Instituto Lula durante o encontro “Novas abordagens unificadas para erradicar a fome na África até 2025″, realizado entre 30 de junho e 1º de julho, na Etiópia.
Com informações do Instituto Lula