Países africanos montam projeto para melhorar gestão de químicos nocivos

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Boa gestão de produtos químicos é essencial para a saúde humana e preservação ambiental. Foto: PNUMARio – Representantes de 28 países africanos desenvolveram na última semana, a primeira versão de um projeto conjunto para gestão de substâncias nocivas na África. O objetivo é alcançar toda a produção de compostos químicos até 2020 para minimizar os efeitos na saúde humana e no meio ambiente.

O plano foi traçado após reunião de três dias na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em Nairóbi, no Quênia. Experiências anteriores de Burkina Faso, Zâmbia e Uganda serviram de exemplo para a elaboração do documento. A medida pretende ampliar os recursos públicos para o gerenciamento de substâncias nocivas.

– O projeto auxiliará países africanos a acelerar o manejo de produtos químicos e na integração com planos nacionais de desenvolvimento, um componente essencial para o controle de substâncias nocivas, conforme acordado no último Conselho de Administração do PNUMA, em fevereiro –  afirmou o chefe da Divisão de Químicos do PNUMA, Tim Kaster.

As principais linhas do plano foram identificadas na declaração lançada em abril de 2012 pela Ministra do Meio Ambiente da Suécia, Lena Ek, e envolvem oito aspectos: aumento da consciência; acesso às informações; saúde; eficiência dos recursos; substituição; presença da discussão sobre substâncias perigosas nas agendas de desenvolvimento; capacidade de construção e governança internacional do meio ambiente.

O desafio da África é particularmente urgente. O “Panorama Global de Químicos” do PNUMA previu um aumento drástico no uso, produção e descarte de compostos químicos nos países em desenvolvimento nos próximos anos, além de aumentos significativos nas últimas décadas.

Além disso, o relatório do PNUMA “Custos da Inação 2013” revela altos custos econômicos pelos impactos na saúde, ambientais e de desenvolvimento associados à gestão inadequada de produtos químicos.

Uma análise conservadora do cenário de risco futuro sugeriu que os custos de saúde acumulados na África Subsaariana vão aumentar para cerca de 97 bilhões de dólares até 2020, assumindo que as capacidades insuficientes para a boa gestão dos pesticidas nos níveis nacionais e locais permaneçam constantes.

Com informações da ONU