Rio – Brasil, Angola e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) assinaram na semana passada acordo de cooperação Sul-Sul e trabalharão juntos para reforçar a segurança alimentar em Angola, promovendo a pesquisa agrícola e veterinária.
Cento e cinco pesquisadores angolanos receberão assistência técnica e formação de curto prazo pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que desempenhou um papel fundamental para o sucesso do programa nacional brasileiro que reduziu a fome de forma dramática.
– A disponibilidade de pesquisadores e inovadores altamente qualificados que compreendem a complexidade dos desafios do desenvolvimento é a chave para fazer grandes avanços na agricultura e na segurança alimentar em Angola – afirmou o diretor-geral adjunto da FAO para cooperação técnica, Laurent Thomas.
O representante permanente do Brasil para a FAO, Antonino Marques Porto e Santos, citou uma mensagem do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, para o presidente angolano, José Eduardo do Santos: “A semelhança entre a savana africana e o cerrado brasileiro apresenta um enorme potencial para a intervenção da Embrapa na África. O Brasil quer ajudar Angola a diversificar e aproveitar o seu enorme potencial econômico e agrícola e a garantir a sua própria soberania alimentar.”
Cooperação Sul-Sul na FAO
A FAO começou a sua iniciativa de Cooperação Sul-Sul em 1996 para facilitar a cooperação entre os países em desenvolvimento do Sul, para que eles se ajudassem e melhorassem a sua segurança alimentar.
Desde então, foram assinados quase 50 acordos e mais de 1.800 especialistas vindos de 15 países foram mobilizados para apoiar iniciativas de segurança alimentar em mais de 50 países em desenvolvimento.
A FAO e a Embrapa formalizaram a sua parceria em fevereiro de 2013 para identificar oportunidades e explorar de forma mais eficaz as capacidades e a experiência do Brasil na luta contra a fome.
Com informações da ONU