Depois da confirmação de um caso de ebola na Libéria, o representante especial interino e chefe da Missão da ONU para a Resposta de Emergência ao Ebola (UNMEER), Peter Graaff, afirmou no dia 27 de novembro que os três países mais afetados pela doença na África Ocidental (Guiné, Serra Leoa e Libéria) não poderão se recuperar sozinhos.
Confirmação de caso aconteceu dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar o fim do surto, no dia 3 de setembro. Doença matou mais de 11.000 pessoas nesses Estados.
Destacando que a epidemia regional não acabou, o representante da ONU afirmou que “o primeiro caso relatado em 77 dias mostra que mesmo quando se é capaz de quebrar a cadeia de transmissão, há uma chance de a doença voltar”, o que ele explica ser devido à persistência do vírus nos sobreviventes.
Guiné, Libéria e Serra Leoa contam com sistemas de vigilância disponíveis para que os profissionais de saúde e público possam relatar para as autoridades relevantes qualquer caso de doença ou morte que eles suspeitem estar relacionado ao Ebola, segundo a OMS.
O coordenador da ONU chamou atenção para a necessidade de garantir o fim da transmissão nos países, que os sobreviventes se reintegrem à sociedade o mais rápido possível, e que investimentos sejam direcionados não só para a área de saúde desses Estados, mas também em outros âmbitos, como educação e infraestrutura.