Em 2017, países da África celebram pela segunda vez o Dia Africano da Alimentação Escolar, comemorado neste 1º de março. O Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), aproveita a data para lembrar que o fornecimento de refeições em colégios é fundamental para reduzir os índices de desnutrição e evasão escolar, bem como para promover o desenvolvimento econômico a longo prazo.
Neste ano, o tema da data é justamente a “Alimentação Escolar Vinculada à Agricultura Local: Investindo em jovens e crianças para aproveitar o dividendo demográfico”. De acordo com o organismo do PMA, cada dólar investido em alimentação escolar gera um retorno econômico de três a dez dólares, por melhorar a saúde, a educação e a produtividade.
Em média, o retorno individual para cada ano adicional de educação é de 10% a mais na renda. Para os países, anos adicionais de educação também têm um impacto positivo sobre o PIB per capita e as taxas de pobreza, pois permitem aos cidadãos ocupar postos de trabalho com rendimentos mais altos.
O Centro acrescenta que, para alcançar desenvolvimento econômico, a África precisa que seu capital humano seja nutrido por formação de qualidade. A provisão de alimentos em ambientes de ensino não só reduz as taxas de abandono escolar, como também contribui para melhorar a aprendizagem, as funções cognitivas, o comportamento em sala de aula, o desempenho e a habilidade de se concentrar.
Outro ganho é o aumento da renda das comunidades. Com a inclusão da agricultura familiar em programas de refeições escolares, a produção agrícola local encontra mercados prontos – o que promove o crescimento das fazendas e a abertura de novas vagas de emprego em localidades que se dedicam ao cultivo de alimentos.
O Dia Africano foi instituído em janeiro do ano passado, durante a 26ª Cúpula da União Africana.