Com informações da organização Médicos Sem Fronteiras
Na República Centro-Africana (RCA), cerca de 30 mil pessoas fugiram para a cidade de Paoua após uma onda de incêndio em aldeias, extorsões e ataques indiscriminados. A situação piorou após o enfrentamento de integrantes do grupo Revolução e Justiça (RJ) e combatentes do Movimento para a Libertação da República Centro-Africana (MNLC) no dia 27 de dezembro de 2017.
Por causa dos combates, Médicos Sem Fronteiras (que atendeu 13 feridos no posto de Paoua) foi obrigada a suspender seu trabalho nos sete centros de saúde dos distritos que ficam na periferia de Paoua, onde suas equipes fornecem assistência.
A região de Paoua foi relativamente poupada dos combates e da escalada da violência na República Centro-Africana ao longo do ano passado. No entanto, mesmo em locais em que a segurança é ligeiramente melhor em comparação com outras partes do país, as pessoas foram submetidas a uma violência generalizada e persistente.
A violência não se caracteriza apenas pela luta entre grupos armados, ataques direcionados contra a população. A violência é fomentada pela incapacidade do Estado de prover segurança em grande parte do território do país e pela proliferação de homens armados que cobram taxas da população sob qualquer pretexto.
*Em toda a RCA, MSF agora fornece ajuda médica para populações em Bria, Bambari, Alindao, Batangafo, Kabo, Bossangoa, Boguila, Paoua, Carnot e Bangui. Desde o início de 2017, com a escalada de conflitos armados, MSF teve que adaptar vários dos seus programas para responder às necessidades urgentes das populações diretamente afetadas pela violência.