Somália tenta se reeguer após o maior atentado terrorista de sua história

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O número de mortos nas duas explosões em Mogadíscio, Somália, superou os 350, de acordo com o governo. Cerca de 300 pessoas também ficaram feridas nos ataques do dia 14 de outubro.

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O governo da Somália culpou o Al-Shabaab, grupo terrorista que realizou ataques recentes na cidade com granadas, armas e bombas. O grupo, que ainda não se pronunciou sobre os ataques, é ligado à Al-Qaeda e controla regiões do sul e do centro do país com o objetivo de derrubar o governo.

AMISOM troops serving in Belet Weyne, Somalia. Photo: AU-UN/Stuart Price
AMISOM troops serving in Belet Weyne, Somalia. Photo: AU-UN/Stuart Price

Localizado na região conhecida como Chifre da África, a Somália faz fronteira com Djibuti, Quênia, Etiópia e Iêmen (na Peninsula Arábica). Com cerca de 10 milhões de habirantes, o país é um dos mais pobres do mundo. Cerca de 65% do seu PIB vêm da agricultura, 25% de serviços e 10% da indústria.

Assista à entrevista da escritora somali Nadifa Mohamed ao Por dentro da África

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A policeman directs traffic at a checkpoint in downtown Mogadishu, Somalia. UN Photo/Tobin Jones
A policeman directs traffic at a checkpoint in downtown Mogadishu, Somalia. UN Photo/Tobin Jones

O país vivencia um longo período de instabilidade política. Devido à sequência de conflitos, foi criada, em 2013, a Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália (UNSOM) pela Resolução 2102 do Conselho de Segurança da ONU. Entre suas funções estão: promoção do respeito pelos direitos humanos, empoderamento das mulheres,  proteção das crianças e prevenção da violência sexual relacionada ao conflito. A missão também monitora e informa abusos ou violações dos direitos humanos.

Segundo a UNSOM, jovens das universidades locais também têm se unido aos esforços de limpeza e resgate desde o início da semana. Mais de 300 voluntários estão participando das operações, acompanhados do prefeito de Mogadíscio, Thabit Abdi Mohamed, retirando escombros e detritos.