No mês passado, um grupo de especialistas das Nações Unidas condenou a escalada de ações arbitrárias no Egito contra grupos de defesa dos direitos das mulheres como a prisão da advogada Azza Soliman, uma proeminente defensora dos direitos humanos responsável por criar o Centro de Assistência Jurídica das Mulheres Egípcias.
Soliman foi detida em 7 de setembro e interrogada por um juiz sobre o controverso caso 173/2011, que investiga o financiamento estrangeiro de organizações não-governamentais no país. Apesar de Soliman ter sido solta sob fiança, ela ainda enfrenta acusações de ter recebido financiamento externo que pode “prejudicar os interesses do Estado”.
Os peritos destacaram que, durante uma sessão judicial em 12 de dezembro sobre a decisão de congelar os bens de Soliman e os do seu escritório de advocacia, foi pedido uma ação semelhante contra vários outros defensores dos direitos humanos.
O relatório dos especialistas da ONU diz que a perseguição contínua de defensoras de direitos humanos estabelece e reforça um padrão de repressão sistemático contra o movimento de direitos das mulheres egípcias.