O representante da ONU na Somália atualizou na última sexta-feira (08) os Estados-Membros e parceiros sobre a situação humanitária e de desenvolvimento no país, dizendo que o desafio multifacetado apresentado na região é diferente dos que são observados em outros países.
“Estamos lidando com um país que está se organizando novamente” disse o coordenador humanitário da ONU para a Somália, Philippe Lazzarini. “Temos uma situação de pós-conflito, mas também temos um conflito existente. Temos operações militares, mas também temos diferentes fases de recuperação e desenvolvimento”.
Três milhões de pessoas precisam de assistência humanitária ou de apoio para subsistência, entre os quais 740 mil são incapazes de satisfazer suas necessidades alimentares e 200 mil crianças estão gravemente desnutridas. Para o representante, a ajuda humanitária que já dura 25 anos é um “um curativo que mantém as pessoas vivas”, mas é necessário uma solução durável para poder efetivamente ajudar aos deslocados internos do país.
“Eu acho que é um eufemismo dizer que a situação na Somália continua sendo uma das maiores e mais complexas emergências do mundo”, declarou Lazzarini, que destacou os desafios para a entrega de ajuda humanitária, com o ataque sofrido por representantes do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) três semanas atrás no norte da Somália, onde quatro pessoas perderam suas vidas e cinco ficaram feridas.