Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é eleito Patrimônio da Humanidade

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Cais do Valongo - Rio de Janeiro - Natalia da Luz
Cais do Valongo – Rio de Janeiro – Natalia da Luz

Natalia da Luz, Por dentro da África

Neste domingo (9 de julho), o Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) inseriu o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, na lista de Patrimônio Mundial. Considerado o maior ponto de comércio de escravos do mundo, o Rio de Janeiro abriga uma região chamada de Pequena África por abranger inúmeros aspectos da cultura africana, trazida durante a travessia de mais de 300 anos de tráfico transatlântico. Apenas no século 19, desembarcaram mais de 500 mil africanos escravizados no Cais do Valongo.

Por dentro da África publicará uma série de reportagens sobre a região. Leia em Saiba mais nos links abaixo ou acompanhe a nossa página nas redes sociais.

O Cais do Valongo foi declarado patrimônio nacional em novembro de 2013, quando a UNESCO considerou o local parte da chamada “Rota do Escravo”, projeto criado pela instituição em 2006 para destacar o patrimônio material e imaterial relacionado ao tráfico de escravos no mundo. Construído para ser ponto de desembarque e comércio de escravos, em 1843 ele foi transformado no Cais da Imperatriz para receber Teresa Cristina, que se casaria com D. Pedro II.

Saiba mais:“O Valongo foi o maior ponto de desembarque de africanos escravizados”, diz Milton Guran

“O Cais do Valongo foi o maior ponto de desembarque do tráfico transatlântico. Em torno do cais, se desenvolveu um complexo escravagista com armazéns, pontos de venda de escravos, mercados, casas comerciais. Este foi o maior porto escravagista, com a maior transferência forçada de toda a história da humanidade”, disse, em entrevista exclusiva ao Por dentro da África, Milton Guran, antropólogo e coordenador da indicação do Cais do Valongo ao título de Patrimônio da Humanidade.