Em Abuja, representantes do Brasil e Nigéria assinam acordo de parcerias comerciais

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A presidente do Brasil Dilma Roussef, com o presidente da Nigéria, Jonathan Goodluck - Foto: PlanaltoRio – O ministro do Comércio e Investimento da Nigéria, Olusegun Aganga, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer, assinaram, na última terça-feira, em Abuja, capital da Nigéria, um memorando de entendimento para incrementar as relações comerciais entre os países.

O documento prevê a cooperação institucional entre os dois governos com um grupo de trabalho permanente para tratar dos temas comerciais e de negócios, além de discutir a possibilidade de serem estabelecidos acordos de comércio e de investimento entre os dois países.

– A cooperação industrial, financeira e comercial se relacionam entre si e, por meio deste grupo, poderemos trabalhar em diferentes frentes, com uma governança que irá permitir aos dois ministérios acompanhar a parceria de acordo com as estratégias dos nossos países. O grupo também permitirá o encaminhamento de diversos temas para os devidos órgãos governamentais, o que facilitará a solução das questões pendentes –  explicou Schaefer.

O grupo contará com a participação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que irá cooperar com o Banco de Infraestrutura da Nigéria para debater instrumentos financeiros entre os dois países.

O desenvolvimento de pequenas e médias empresas será tratado em parceria entre o Sebrae e a Agência de Desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas da Nigéria. O Senai e o Fundo de Industrial de Treinamento da Nigéria (ITF) irão cooperar na área de educação profissional.

Uma delegação de representantes do governo e do setor privado brasileiro está na Nigéria para participar de reuniões e estabelecer contatos comerciais. Em recepção na noite de ontem, o ministro nigeriano informou que, em um prazo de dois meses, será estabelecido um voo direto entre Brasil e Nigéria, que será realizado em um tempo médio de seis horas. “Desta forma, o contato entre os nossos países será bastante facilitado”, comentou Aganga.

Na oportunidade, Schaefer disse que o passado e o futuro do Brasil estão muito relacionados à Nigéria. “O passado por conta da rica herança cultural africana que ajudou a formar o nosso país. O futuro pelo fato de que ambos compartilhamos desafios comuns para o desenvolvimento das nossas nações e a melhoria das condições de vida de nossos povos”, avaliou.

Intercâmbio Comercial

De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou US$ 611 milhões para Nigéria, enquanto adquiriu US$ 6,487 bilhões do país nigeriano. O principal produto importado pelo Brasil da Nigéria é óleo bruto de petróleo (US$ 6,103 bilhões), seguido de gás liquefeito de petróleo (US$ 88 milhões), gás butano liquefeito (US$ 17 milhões), gás propano liquefeito (US$ 17 milhões) e borracha natural (US$ 1 milhão).

Os principais produtos brasileiros exportados para a Nigéria no período foram açúcar em bruto (US$ 424 milhões), açúcar refinado (US$ 166 milhões), arroz em grão (US$ 125 milhões), etanol (US$ 44 milhões) e compostos nitrogenados (US$ 43 milhões).

Com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio