Bombardeio provoca fuga da República Democrática do Congo para Burundi

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Mulher anda em um campo de deslocados na República Democrática do Congo. Foto: ACNUR/M. Sibilon Rio – A Agência das Nações Unidas para refugiados anunciou seu apoio às pessoas que fugiram da província de Kivu do Sul, na República Democrática do Congo, para o Burundi, após novos conflitos eclodirem na fronteira dos dois países nas últimas duas semanas.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou que em 12 dias cerca de 1,5 mil pessoas – aproximadamente 60% delas crianças – fugiram das áreas do Sange, Mutalule e Rwanena, em Kivu do Sul, para o Burundi. Segundo o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, os refugiados estão temporariamente hospedados no Centro de Trânsito Cishemere, na província ocidental de Cibitoke, no Burundi.

– Muitos daqueles acolhidos por famílias burundianas na comunidade de Buganda foram transferidos para o centro de trânsito, onde eles podem ser mais bem assistidos –  disse Edwards, acrescentando que até agora o ACNUR transferiu 174 pessoas para o acampamento Kavumu, na província oriental de Cankuzo, e mais 341 refugiados estão a caminho.

Na semana passada, os combates entre o Exército congolês e o grupo rebelde M23 nos arredores de Goma, capital do Kivu do Norte, matou e feriu vários civis. Pelo menos três pessoas morreram e cinco ficaram feridas na manhã de sábado (24), quando um morteiro caiu em Ndosho, no subúrbio de Goma. Dois dias antes, um bombardeio em área residencial de Goma matou ao menos quatro civis e feriu mais 15.

Com informações da ONU