“Estamos trabalhando arduamente. A nossa ação coletiva e rápida é crucial para evitar uma propagação descontrolada do ebola no meio da pandemia da COVID-19, que já empurrou trabalhadores da saúde e instalações de saúde para o limite”, disse Matshidiso Moeti, Diretor Regional da OMS para África.
Um voo humanitário chegou em 15 de Fevereiro em N’Zerekore com 700 kg de equipamento médico doado pela OMS e parceiros. Uma remessa de mais de 11.000 doses de vacina contra o ebola deverá chegar à Guiné este fim de semana.
Na República Democrática do Congo, há quatro casos confirmados de ebola, incluindo duas mortes que estão epidemiologicamente ligadas. A OMS tem cerca de 20 peritos no terreno para apoiar as autoridades sanitárias nacionais e provinciais do país. Cerca de 8000 doses de vacinas ainda estavam disponíveis no país no final do 11º surto de ebola. A vacinação de pessoas em alto risco foi oficialmente lançada em Butembo, o epicentro do surto, em 15 de Fevereiro.
O surto de ebola na África Ocidental começou na Guiné-Conacri e se alastrou através das fronteiras terrestres da Libéria e Serra Leoa. No total, foram mais de 28.000 casos e 11 000 mortes, tornando-o o mais mortal desde que o vírus foi detectado pela primeira vez, em 1976.
O ebola é uma doença viral grave e aguda e extremamente letal. Caracteriza-se pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dores de cabeça, náuseas e dores de garganta. Isto pode ser seguido por vómitos, diarreia, deficiência das funções renal e hepática e, em alguns casos, hemorragia interna e externa.