África Subsaariana: 7 países reduzem em mais de 50% a infecção infantil por HIV

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Cartaz da ONU para HIV Rio – O número de crianças infetadas pelo HIV foi reduzido em 50% ou mais em sete países da África subsaariana desde 2009, afirmou na terça-feira o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

A redução foi confirmada na África do Sul, Botsuana, Etiópia, Gana, Malauí, Namíbia e Zâmbia. Tanzânia e Zimbábue também estão apresentando progresso substancial.

Essa conquista também foi relatada no último documento sobre o progresso do Plano Global para a eliminação de novas infecções pelo HIV entre crianças e a manutenção da vida de suas mães, lançado em julho de 2011 na Assembleia Geral da ONU sobre a aids. As metas contidas nesse plano têm de ser atingidas até 2015.

O plano tem duas metas principais: a redução de 90% no número de novas infecções infantis pelo HIV e a redução de 50% no número de mortes maternas relacionadas ao vírus.

O documento se concentra em 22 países que apresentam 90% das novas infecções pelo HIV entre as crianças. O presente relatório mostra os progressos realizados pelos 21 países da África Subsaariana e alguns dos desafios enfrentados para cumprir as metas. Os dados da Índia não estavam disponíveis no momento em que o relatório foi escrito.

Houve menos 130 mil novas infecções pelo HIV entre crianças nos 21 países analisados – queda de 38% desde 2009.

– O progresso na maioria dos países é um forte sinal de que, com esforços direcionados, toda criança pode nascer livre do HIV – disse o diretor executivo do UNAIDS, Michel Sidibé, que liderou a iniciativa para a criação do Plano Global juntamente com o Plano de Emergência do presidente dos Estados Unidos para o alívio da aids.

A agência da ONU divulgou comunicado afirmando que Gana apresentou a maior queda na taxa de novas infecções entre crianças desde 2009 (76%), seguida pela África do Sul (63%). No entanto, o ritmo de queda em alguns dos países prioritários do Plano Global tem sido lento e, em Angola, as novas infecções pelo HIV até aumentaram.

O relatório também aponta que mais mulheres grávidas infectadas pelo HIV estavam recebendo medicamentos antirretrovirais em 2012 que em 2009, com níveis de cobertura chegando a 75% em muitos países. Os remédios evitam que o vírus seja transmitido aos filhos e mantêm a saúde da mãe.

Ao mesmo tempo, o documento também mostra que apenas metade de todas as mulheres infectadas pelo HIV que amamentam recebem medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do vírus. O relatório enfatiza que a amamentação é fundamental para garantir a sobrevivência da criança e que há necessidade urgente de fornecer terapia antirretroviral durante o período de amamentação.

Embora destaque a redução no número de novas contaminação pelo vírus, o documento afirma que medidas urgentes devem ser tomadas para melhorar o diagnóstico precoce do HIV em crianças e garantir o acesso imediato ao tratamento antirretroviral.

 Com informações da ONU