Após o primeiro caso de Covid-19 ter sido anunciado no Benim, em 16 de março, no prazo de quatro dias, o país havia criado uma série de plataformas digitais para ajudar a combater tanto a propagação da doença como aquilo a que a Organização Mundial de Saúde (OMS) chamou “infodemia” de desinformação à sua volta. O país registrou 35 casos da doença e 1 morte.
Liderada por Wilfried Léandre Houngbédji, antigo jornalista, apoiado pelo conhecido perito em meios de comunicação social, Stévy Wallace, uma equipe de cerca de 15 pessoas nomeada pelo Estado, está utilizando normas da OMS para divulgar informações sobre prevenção e destacar as ações desenvolvidas pelas autoridades sanitárias para combater a crise.
Para além de uma plataforma governamental oficial centralizada, livremente acessível a todos os utilizadores de celular no Benim e que fornece atualizações frequentes, a equipe lançou várias inserções de rádio em cerca de 15 línguas locais e uma série de vídeos de sensibilização e comunicados de imprensa em diferentes redes sociais. Foi também criado um sistema de mensagens interativo WhatsApp que ajuda a nova equipe a comunicar diretamente com os cidadãos, tanto no Benim como na diáspora.
“A informação oficial está sendo muito bem transmitida nas redes sociais. Os utilizadores da internet estão interagirindo amplamente com os canais através de perguntas, comentários, contribuições e críticas”, disse Wallace.
No site oficial da pandemia, o portal mais visitado, registrou até 16 mil acessos por dia. O site também tem uma função Covid-19 ‘flash news’ para uma resposta quase instantânea a notícias falsas.
“O grande desafio para nós é que não podemos chegar a determinados setores da população que não têm acesso à Internet ou que são analfabetos. Por isso, precisamos que cada utilizador da Internet transmita a informação correta nas suas casas, na sua vizinhança, na sua comunidade”.
Como os casos da Covid-19 continuam a aumentar exponencialmente em toda a África, com mais de 10 000 pessoas infectadas em 52 países, as plataformas de comunicação móveis e em linha e o envio de mensagens são uma parte essencial dos esforços para conter a propagação do vírus.
Segundo informações da União Africana, o continente africano registrou mais de 14,000 casos da doença em 52 países, com 788 mortes.