A Organização Mundial da Saúde (OMS) disponibilizou-se para ajudar a África do Sul a combater a listeriose, uma intoxicação alimentar que já provocou 61 mortos e 750 casos confirmados desde 5 de dezembro.
A agência das Nações Unidas revelou que, se o governo sul-africano aceitar, poderá apoiar com especialistas em segurança alimentar e em surtos para frear o problema causado por alimentos contaminados com a bactéria Listeria monocytogenes.
Falando na última sexta-feira (12) em Genebra, um porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, elogiou o país por declarar que a doença é de notificação obrigatória, o que leva ao relato de cada paciente diagnosticado.
Segundo informações disponíveis, este é o maior surto do mundo. O segundo foi nos Estados Unidos em 2011, com 143 casos reportados. A Itália teve uma ocorrência em 1997.
Lindmeier considerou importantes as medidas declaradas pelo governo da África do Sul, já que a Listeriose é um desafio que envolve não apenas o setor da saúde, mas também a indústria alimentar e a agricultura.
Medidas preventivas
O porta-voz destacou que é difícil encontrar a fonte do problema pelo longo período de incubação da bactéria causadora, que chega a três semanas.
A principal medida preventiva recomendada pelas autoridades sul-africanas é que as pessoas garantam uma boa higiene alimentar, que inclui o uso de produtos lácteos pasteurizados e o cuidado com alimentos crus de fontes animais como carne bovina e de porco, além da lavagem das mãos.
A higienização das mãos é recomendada antes de se preparar alimentos, antes das refeições e depois de se usar o sanitário. Outra medida é que sejam lavadas as frutas e os vegetais crus antes do consumo.
Dois terços dos casos de listeriose foram identificados na província sul-africana de Gauteng, onde estão situadas as cidades de Joanesburgo e Pretória.
Os pacientes recém-nascidos correspondem a 40% dos casos da doença por causa da vulnerabilidade do seu sistema imunológico.