No Rio de Janeiro, comunidade congolesa mantém tradições importantes como o casamento

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casamento4Com informações da ONU. Leia a reportagem aqui 

O Dia Mundial dos Refugiados, celebrado em 20 de junho, é uma data para lembrar como a chegada de refugiados e migrantes favorece uma rica troca de culturas. Mesmo longe da República Democrática do Congo, congoleses que vivem no Rio de Janeiro mantêm rituais importantes como o casamento, que segue algumas tradições.

O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) foi a Brás de Pina, zona norte da cidade, como convidado do casamento de Natacha e Ernest Kunga para mostrar um pouco desta celebração que reuniu mais de 300 congoleses na Igreja Betesda da região, no último dia 10 de junho.

 

“Só hoje, na hora do casamento, que vou ver a Natacha. Já tem mais de 10 dias que ela está escondida. As madrinhas escondem ela e não posso nem chegar perto. Isso faz parte da tradição e é também para a gente ficar com mais saudade, se apaixonar novamente”, disse Ernest ao UNIC Rio, lembrando que, além deste costume, há outros importantes, como o dote.

O dote, como explica o noivo, abrange uma quantia em dinheiro, além da compra de objetos para a família da noiva. Ao todo, ele gastou 4 mil dólares para ter o direito de casar com a noiva.

“Depois de 10 dias sem se ver também faz parte da tradição ficar 10 dias juntos, só nós dois, sem televisão, sem telefone, sem nada. Nem meu pastor vai me ligar!”, disse Natacha.

A cerimônia, que foi celebrada em lingala, francês e português, teve pratos típicos congoleses como pondu (leva aipim e berinjela), makemba (banana assada), fumbwa (leva amendoim e peixe) e kwanga (massa de farinha de mandioca).

No Brasil desde 2008, Charly Kongo lembrou que encontros como esse servem para aproximar e fortalecer a comunidade congolesa. A República Democrática do Congo é um dos principais países na lista de solicitação de refúgio no Brasil. Leia aqui o relatório sobre os refugiados no Brasil.