A série UNESCO Mulheres na história da África tem como objetivo dar luz a uma seleção de figuras femininas da história de África. Através de uma seleção de 20 personagens, o projeto mostra a participação das mulheres em domínios tão diversos como na diplomacia e a estratégia militar (Njinga a Mbande), a defesa dos direitos humanos (Funmilayo Ransome-Kuti), ou a proteção do ambiente (Wangari Maathai).
Esta lista de 20 mulheres não é evidentemente exaustiva e representa apenas uma ínfima parte do contributo das mulheres africanas, sejam elas conhecidas ou anônimas, para a história do seu país, de África e de toda a humanidade.
Nesta introdução, a homenagem Njinga a Mbande, Rainha do Ndongo e do Matamba,
homenageia Njinga a Mbande (1581 – 1663), rainha do Ndongo e do Matamba, que marcou a história de Angola do século XVII. Leia aqui
Em 1617, Ngola Mbande Kiluanji, rei do Ndongo, morre. O seu filho, Ngola Mbande, torna-se o novo rei. Porém, não tem o carisma do seu pai, nem a inteligência da sua irmã Njinga a Mbande. Em 1622, influenciado pelos portugueses, envia Njinga a Mbande como embaixadora a Luanda para negociar a paz com Dom João Correia De Sousa, vice-rei de Portugal. Njinga revela-se então como uma negociadora e uma diplomata fora do comum.
Em 1624, Ngola Mbande morre. Njinga toma posse e torna-se rainha. Impõe-se desde logo como uma soberana de excepção. A sua táctica de guerra e de espionagem, as suas qualidades como diplomata, a sua capacidade para tecer múltipla e estratégicas alianças, e por fim o seu conhecimento das implicações comerciais e religiosas, permitir-lhe-ão opor resistência tenaz aos projetos coloniais portugueses até à sua morte em 1663.
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www.unesco.org/womeninafrica