Entre os dias 18 de fevereiro e 4 de março, o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) realizou uma missão ao Quênia para apoiar o governo local no desenvolvimento e validação da sua política nacional de alimentação escolar. A estratégia é baseada em uma abordagem de promoção da alimentação escolar com compras locais de alimentos produzidos pela agricultura familiar.
O programa de alimentação escolar do Quênia é conduzido pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, com o apoio do PMA e de outros parceiros. A iniciativa atende crianças em situação de vulnerabilidade desde 1980. Em sua fase inicial, o programa beneficiava 240 mil estudantes. Em 2007, o número de alunos atendidos chegou a 1,2 milhão.
Em um esforço para aumentar a sustentabilidade do programa, o PMA e o governo do Quênia acordaram um processo de transição que permitirá ao governo assumir o controle do programa. O processo teve início em 2009, quando o governo passou a ser responsável pela alimentação de 540 mil crianças na região do semiárido. Em 2015, a quantidade de alunos sob a responsabilidade do governo ultrapassou a marca de 850 mil crianças.
Desde de 2009, o PMA tem apoiado o governo do Quênia na concepção de um programa de nutrição e alimentação escolar. Essa estratégia vem passando agora por uma revisão, com o apoio do Centro de Excelência contra a Fome.
Especialistas do Centro atuaram como facilitadores em um seminário promovido pelo Ministério da Educação do Quênia, entre os dias 22 e 24 de fevereiro. Representantes dos ministérios nas áreas de educação, saúde, agricultura e finanças, bem como de organizações não governamentais também participaram do evento. Na ocasião, os participantes discutiram e revisaram a estratégia nacional e contribuíram para aperfeiçoar o documento.
Durante o seminário, a primeira versão da estratégia foi validada por um grupo de trabalho intersetorial. A participação de diversos setores do governo queniano foi bastante intensa e produtiva e resultou em uma nova versão da estratégia que que será apresentada para os gestores das áreas de educação, saúde e agricultura, bem como a parceiros e outros atores envolvidos.
A expectativa do governo é de promover um novo seminário para validar a nova estratégia ainda em maio deste ano.