Deter os fluxos financeiros ilícitos que deixam a África é imperativo, dado que o continente precisa de seus recursos domésticos para seu desenvolvimento, afirmou o presidente do painel sobre o assunto da Comissão Econômica da ONU para a África (UNECA), Thabo Mbeki, que já ocupou o cargo de presidente da África do Sul.
Problemas relacionados a fluxos financeiros ilegais – como taxação, corrupção, o papel do setor corporativo e a recuperação de bens roubados – foram identificados, de acordo com Mbeki, que pediu ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e às instituições parceiras a elaboração de planos de ação para abordar a questão.
“Existe agora um consenso universal de que o fluxo ilícito de dinheiro é um desafio que requer ação global”, afirmou ele.
O representante da ONU ressaltou que a Agenda de Ação de Adis Abeba e a Agenda de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável – adotadas em 2015 – proporcionaram um clima positivo para enfrentar o problema.
Os indicadores para medir a implementação dos objetivos estabelecidos nestes compromissos devem avançar, incluindo os relacionados ao fluxo ilícito de dinheiro, acrescentou Mbeki.