Epidemia de cólera na Tanzânia diminui, mas desafios na região continuam

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Refugiados burundianos chegam em barco na margem do lago Tanganyika, na província de Kivu do Sul, na República Democrática do Congo. Foto: ACNUR/Federico Scoppa

Com informações da ONU

As medidas implementadas pelas Nações Unidas para conter a epidemia de cólera no lago Tanganyika, na Tanzânia, começam a dar resultados positivos. O anúncio foi feito pela agência para os refugiados da ONU (ACNUR) após uma redução no número de mortes entre as pessoas no local e burundianos, que cruzaram a fronteira após as tensões políticas no país.

“A redução no número de casos registrados acontece principalmente pelo enfoque concertado para conter a propagação do surto através de medidas intensificadas para promover a higiene”, explicou o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards. “Por agora, a situação está melhorando, mas resolvê-la completamente pode levar ainda algumas semanas.”

Até o momento, 30 pessoas morreram por causa da doença, mas desde a última quinta-feira (21) nenhum novo caso foi detectado. A situação de saúde na região se agrava diante do fluxo de burundianos que chega ao local. Desde o começo de abril, mais de 100 mil fugiram para Ruanda, República Democrática do Congo e Tanzânia e as agências humanitárias acreditam que esse número pode dobrar nos próximos seis meses.

O representante para a Tanzânia da Organização Mundial da Saúde (OMS), Rufaro Chatora, alertou que “apesar dos avanços, especialmente em Kagunga, a crise continua dramática”. O fluxo de refugiados prejudicou ainda mais o já limitado acesso a água potável, saneamento e serviço básico de saúde.

“A prioridade nos próximos dias é aumentar a resposta, incluindo intensificar o tratamento e prevenção da cólera, garantindo o fornecimento adequado de remédios e provisões, e melhorar o acesso a água potável”, disse.