Com informações da ONU
Rio – A relatora especial das Nações Unidas para a Eritreia, Sheila B. Keetharuth, alertou a Assembleia Geral sobre oelevado número de crianças que fogem do país desacompanhadas dos pais. Meninos e meninas arriscam suas vidas para fugir da violência e das constantes violações à infância que sofrem na nação africana.
Crianças na cidade de Embetyo, na Eritreia. Foto: OCHA / Gemma Connell.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), mais de 4 mil crianças eritreias já haviam chegado à Itália até meados de outubro deste ano – dentre as quais mais de 3,2 mil viajaram sem seus responsáveis.
As estimativas, no entanto, refletem apenas o número de crianças que efetivamente chegaram à Europa, enquanto não se sabe quantas vidas podem ter sido perdidas durante o trajeto.
Sozinhas ou acompanhadas por amigos, as crianças arriscam suas vidas para escapar do treinamento militar, encontrar seus familiares ou, ainda, na esperança de ter seus direitos respeitados fora das fronteiras nacionais. Em situação de extrema vulnerabilidade, são expostas a potenciais abusos e ações de violência, como cair nas mãos de traficantes ou contrabandistas que pedem resgate às suas famílias.
Keethraruth ressaltou que houve crescimento significativo no número de refugiados e de pessoas à procura de abrigo em países vizinhos à Eritreia, principalmente na Europa – quase 4 mil pessoas estão deixando o país a cada mês.
A situação se agravou com a tentativa de golpe no país em janeiro de 2013, em que um número desconhecido de eritreus – estimado em até 800 pessoas – foi detido. Desde então, não há notícias de seus paradeiros e nenhuma delas foi levada a julgamento oficial.
Com informações da ONU