Com informações da ONU
Recrutamento forçado, execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados vêm mantendo os direitos humanos na Eritreia em situação aterradora, alertou a especialista independente das Nações Unidas, Sheila B. Keetharuth, nesta segunda-feira (29).
Os abusos generalizados frequentemente alegados no país do Chifre da África têm levado muitos eritreus a deixar seu país à procura de refúgio na Europa. As autoridades da Itália, por exemplo, relataram o socorro de 32 mil eritreus em 2014, a maioria resgatada pela operação Mare Nostrum do governo italiano, durante diferentes tentativas de atravessar o Mediterrâneo.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU vem trabalhando no estabelecimento de uma comissão de inquérito para investigar os relatos de abusos de direitos humanos no país, como tortura, repressão à liberdade de expressão e de opinião, detenções arbitrárias e sem possibilidade de comunicação, execuções extrajudiciais e desaparecimento forçado.
Keetharuth é também relatora especial da ONU sobre a Eritreia e pediu que a comunidade internacional e o governo e a população eritreus cooperem com a comissão de inquérito. O objetivo é que seja percorrido o caminho até a prestação de contas pelos atos de violência que podem atingir milhares de pessoas.
Com informações da ONU