Mavenda Nuni ya Áfrika, Por dentro da África
Memórias cheias de encantos da loucura, enquanto, nos cantos da cidade, dois contra um, eis, as cidades e humilhações gradativas, hum! Não sabes? Envia o retrato fotográfico! É, isso aí, Serápis, “ser negro no Brasil é crime”, é isso? Nzinga Nelson para sanar as dúvidas do Serápis: os negros nunca foram cidadãos, eles negam e consciência vitoriosa, na qual o herói Zumbi e a esposa derrotaram muitos. É isso que Serápis inspira: seu remorso e glórias inauditas…
Ondulam arte, Prosser Gabriel, mestre da cena no berço das rainhas vitoriosas Nzinga Mbandi, Kimpa Mvita, Winnienla, ao lado das exteriores Dandara, Carolina de Jesus, de ar poético de favelas sem véu. Porquanto, as academias usam o seu véu da inspiração do passado. E os mistérios se revelam, apesar do extermínio dos novos heróis. As saudades da paz! Resmungava Serápis, as amizades far-se-ão como teia do opressor e reanimação do povo dispersado.
Mas as canções e tambores folclóricos animam-se nas multidões às avessas. O mérito cultural da resistência. Nzinga Nelson fala sobre sua grande imaginação à raiz africana. É como baobá, é tão forte. Serápis aprecia a afirmação orgulhosa e de regozijo! A milagrosa irmandade negra… A inspiração não se encontra no centro, ela está nos guetos e nas favelas, e as graças pairam.
Eis os pássaros sofredores, cantando ao som do sol nos choros da coruja da nossa lamentação. Eles os impeçam! A reunião de cordões umbilicais ficara no berço e estão ilhanizando a etnia, sabe? Serápis falava: nós precisamos regerminar a autoestima da nova geração… Eis o dilema em busca de superação dramática e patológica da falsa convivência sob véu do racismo. Essa é a verdadeira causa! A dramática cena velada e o medo dos brancos e negros na segurança. Ah! A guerra de extermínio da juventude negra! Oh, deuses e orixás deem sangue nas favelas e nas calçadas, a cultura imitada, o desvelamento dos males da história de libertadores como Zumbi.
O desabafo por cima dos baculejos, e desconfianças nas ruelas, é o lírico! Dos relatos que ecoam nas colinas e nos centros de paisagens modernas, das mentes racistas, não há paz! Nem calçada para andar e encontrar-me com branquinha. A covardia lhes inunda! Eles fogem! Não têm vergonha na cara! A ignorância camuflada, são amaldiçoados neste inferno racismal. Vivem rezando e acordam discriminando em pleno dia.
Oh, senhor diabo que anda nestas cabeças! Até quando carregais esta bandeira feia, sem cultura? Viveis a vossa praga. Sonho paz nas calçadas. Sem covardia, mas harmonia humana. Racistas são mais desumanos que tantos outros. Matam silenciosamente com a vossa arma discriminatória contra a negritude afro-diaspórica em terras americanas. Ah! Que nojo desta realidade hipócrita das massas de aglomerados! Sem história identitaria; Cansados, com cenas, vão ao barco para nilar-lhes e fazer-vos novos homens. Homens puros sem preconceitos! E não mais uns martirizados como Malcolm X, Steve Biko e muitos outros.
Estás num mundo onde cada passo é retrocesso na humanização. Minhas melancolias duras como as pedras de diamante das Lundas, ou de Serra Leoa. Serápis gritava: Nem todo negro é bandido! Por quê? Lirizava Serápis, mas como ainda credes nisso? Mortos nas favelas pugna as amarras do passado. Outros estão infernizados pelas doenças, fomentadas pelos ventos da civilização. Hum! Humanizem os vossos corações! Descolorizem a arte! Descolorizem a mídia para que todos participem.
Profecia humana. E nada de uma profecia repetida, ela é construída pelas forças dos Sankofas e serpentes antigas. E descolonizem a vossa inteligência. Libertem-se do silêncio racista. Chega de racismo no mundo! Respirou com fôlego e se sentiu cansado. Serápis estaria interessado em intercâmbio nas terras amazônicas. Chegando ao aeroporto, ficou sem jeito, e na cidade por onde passaria alguns anos depois, dois policias, lhe mandaram parar. O que foi? Gritou Serápis, enquanto os policiais se entreolharam apontando…
Revólveres na cabeça! Ele grita que sou estrangeiro! O que tens aí no bolso? “Não tenho nada!”, respondeu Serápis. Afinal, no estrangeiro, perseguem os estrangeiros? Não é bem assim… Somos perseguidos, Ovonda era um branco e trabalha como policial. A saga do baculejo em casa tremendo, e imaginando os ensinamentos da catequese.
“Somos iguais”, e Serapis que passara no mar, para sua purificação, contraiu trauma, em baculejo! Com coração pronto a cair! Foi ao psicólogo e disseram lhe: está com síndrome do medo! Os estudos continuam em meio às tristezas. Aumentava a sua visão de afrodescendentes na palestra sobre as religiões africanas, intolerâncias e os preconceitos. Pensava no amigo Nkuluangango e Nkuluntu, amigos do Zaire. O drama quando um policial apontou a arma para a sua cabeça, o que até então só via nos filmes. E quando lhes pararam, ficou com semitaquicardia da morte na mente! Após baculejado, sonhou com o velho Nkuluntu, dizia: “essa terra que estás é dos brancos” e reprendia no sono, mas Nkuluntu vejo vários negros, nos bairros da periferia “Ah! Que susto. Acordou é sonho…”
Amanheceu, foi dia tão triste, emagrecido. Só a cabeça aumentava à carapinha! Por força a busca dos faraós e dos artistas, só drama não se superava! Lá na praça encontrou dois jovens e, em frente, três policiais… Longe da nostalgia dos sustos, era o sonho, mais esses dramas inspiradores e saudades eternas da paz, Serapis entoava: “Enxerguem a humanidade pelas palavras silenciosas e indefesas pela memória contaminada pela amnésia secular, e a transferência dos valores dos outros pelo engano das cidades e o planejamento que os entes eclesiais não enxergam. Nelson Nzinga poetava dizendo: Só eles e suas ações de combate pelo tempo. Dramas inspiradores e saudades eternas da paz. Ubuntu.
SERÁPIS – Serápis foi uma divindade sincrética helenístico–egípcia da Antiguidade Clássica. Seu templo mais célebre localizava-se em Alexandria, no Egito. Seu símbolo era uma cruz. Admite-se que o culto a Serápis tenha sido introduzido em Alexandria, por volta do século IVa.C. com o propósito de reunir as tradições religiosas egípcia e helênica.
Por dentro da África
Mavenda Nuni ya Áfrika