Cultura: Lisboa se prepara para receber o Festival Conexão Lusófona

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ConexãoPor dentro da África

Rio – No próximo dia 5 de Julho, a cidade de Lisboa (Portugal) abrigará a terceira edição do Conexão Lusófona. Com entrada franca, o encontro será uma verdadeira homenagem à diversidade cultural e à lusofonia.

Conexão Lusófona é a primeira organização de jovens provenientes de países de língua oficial portuguesa empenhados nas causas da integração, construção e projeção da identidade cultural lusófona. Mais de mil pessoas assistiram ao primeiro concerto no Mercado da Ribeira, e mais de duas mil assistiram à segunda edição, realizada no Pátio da Galé. Neste ano, o concerto, será realizado no “Bairro Intendente em Festa”, no Largo do Intendente.

“Será uma noite muito eclética e repleta de surpresas. Um espetáculo de conceito forte, que certamente ficará para a história da cidade de Lisboa. Um concerto  que contará com a atuação de ícones da música e de novíssimos talentos, todos em plena “conexão”, empenhados na construção de uma nova lusofonia” – promete a presidente da Organização, Laura Vidal.

Confira a lista de artistas presentes no Festival:

Antônio Zambujo

Antonio Zambujo

Cresceu a ouvir o cante alentejano. A harmonia das vozes, a cadência das frases e o tempo de cada andamento, foram para sempre uma influência. Em 2002 edita o seu primeiro trabalho O Mesmo Fado, que recebe o prémio de Melhor Nova Voz do Fado.

Em 2006, recebe o Prémio Amália Rodrigues de Melhor Intérprete Masculino de Fado. Seu álbum mais recente, Quinto, foi lançado em 2012. Do Alentejo para o Mundo, a sua obra foi elogiada nos quatro cantos do globo, por exemplo, no Brasil (com apoiantes tão ilustres quanto Caetano Veloso ou Jô Soares) ou nos Estados Unidos (com rasgados aplausos do The New York Times).

Lura

Lura

Apontada como uma das cantoras mais renovadoras e expoentes máximos do funaná, do batuco e da morna, Lura começou por se fazer notar ainda nos anos 90, no projeto Red Hot + Lisbon. José Eduardo Agualusa apontou luz no futuro de Lura, falando do fulgor das grandes canções, e Michael Church foi um dos críticos internacionais a render-se à sua voz.

Com uma carreira que se desenhou entre Lisboa e Cabo Verde projetando-se daí para o mundo, Lura prepara-se agora para suceder a Eclipse, que deverá ser lançado ainda em 2014. Em 2013, a cantora venceu o prémio de Melhor Artista em Palco, nos CVMA (Cabo Verde Music Awards)

Paulo Flores

Paulo Flores

Dono de uma voz doce e quente, canta histórias pessoais e coletivas que exprimem desejos do quotidiano. Paulo Flores é uma das principais referências na música de Angola e um defensor incansável do semba. Ainda na juventude, aparece na primeira linha deste movimento crucial da música de dança africana de cariz urbano, popularizada nos anos 80: a kizomba.

Seus mais de 25 de anos de carreira foram pontuados por uma quinzena de álbuns. O País Que Nasceu Meu Pai (2013) é o seu último trabalho. Neste disco, homenageia a geração que deu origem à nova africanidade angolana.

Stewart
Stewart

Stewart Sukuma

Nascido em Moçambique, Stewart Sukuma despertou cedo para a música. Em 1983 gravou uma canção para a Rádio Moçambique e logo se tornou um dos cantores mais tocados nas rádios nacionais do País, sendo descrito como “o vocalista masculino mais popular de Moçambique”.

Mais tarde mudou-se para a África do Sul, onde lançou seu álbum Afrikiti em 1995. Em 2008, lançou o seu segundo disco, Nkhuvu. Suas obras combinam a música tradicional e contemporânea de Moçambique para criar um ritmo enérgico e dançante com sons afro, pop e jazz.

 

Paulo de Carvalho

Paulo de carvalho

É um nome incontornável na música portuguesa das últimas décadas. Foi duas vezes vencedor no Festival RTP da Canção (1974 e 1977) e tem mais de 300 canções escritas. O seu primeiro disco de fado, Desculpem Qualquer Coisinha, provocou grande polémica no meio musical português, mas constituiu o maior êxito de vendas da sua carreira. Para além de sua importância para a música, tem uma participação muito ativa na consolidação da democracia em Portugal. Foi uma canção interpretada por si, E Depois do Adeus, que serviu como primeira senha no 25 de Abril de 1974, à Revolução dos Cravos.

Patche

Patche di Rima

Bissau foi a terra onde o cantor despertou para o mundo da música. Põe o seu talento na composição de uma variedade de ritmos (ngumbe, afrozouk, world music, rnb e hip-hop) que resultaram no seu primeiro álbum, Genial Amor (2005).

O disco abriu portas para uma carreira promissora ao jovem que já é um ídolo na música guineense. Em 2006, foi o mentor da primeira coletânea de música moderna do País no projeto Guiné no Coração. Patche  lança agora um novo estilo musical que denomina Siko, um convite para uma nova abordagem da identidade cultural e da responsabilidade coletiva no desenvolvimento da África em geral e da Guiné-Bissau em particular.

Projecto Kaya

Projecto Kaya

Andrea Soares e Liliana Almeida unem Angola e Portugal pela música. É muito mais do que um projeto, é um contar de uma história criada das raízes de cada personagem envolvida. As cantoras começaram no universo Pop, sendo ambas integrantes da Girlsband Nonstop e encontram-se novamente na House Music com os seus mais conhecidos hits: Selfish Love do Dj Pedro Cazanova e Ibiza for dreams do Dj Diego Miranda. Andrea e Liliana juntaram-se então para um projeto musical pessoal, o Projecto Kaya. O single Fangolê dá forma à junção de temperos musicais com sensibilidades distintas.

Calema

Calema

António Mendes Ferreira e Fradique Mendes Ferreira são as vozes nascidas em São Tomé e Príncipe que formam esta dupla. Têm a mesma mestiçagem que caracteriza o povo são-tomense (As estrelas do sul foi o primeiro nome da dupla), descendem de caboverdianos, portugueses e angolanos, transportando em si uma diversa herança cultural que os conduziu à paixão pela música.

Com forte influência do género romântico, lançaram em 2010 o primeiro álbum, Ni Mondja Anguené. Sempre com o cadjon nas mãos e a guitarra nas costas, após uma temporada de três anos em Lisboa, vivem hoje em França, onde trabalham na produção do segundo álbum

Couple Coffee

Couple cofee
Couple cofee

Formado por um casal de músicos brasileiros, o projeto Couple Coffee une a voz de Luanda Cozetti e o baixo de Norton Daiello, que conferem uma identidade única à música que fazem. Começaram gravando apenas canções alheias em três discos consecutivos: Puro (2005), Co’as Tamanquinhas do Zeca (2007, só com canções de José afonso) e Young and Lovely: 50 Anos de Bossa Nova (2008), canções às quais imprimiam o seu estilo. Intensos e desafiadores como uma chávena do melhor café, em 2010 lançaram Quarto Grão, álbum que marca a estreia de Luanda e Norton no campo autoral.

Laloran Tasi Timor

Laloran Tasi Timor

Liderado pelo guitarrista timorense-lisboeta Kay Limak, Laloran Tasi Timor em tétum e Ondas de Timor em português é uma homenagem às ondas que banham a ilha mais oriental e mais a sul da Ásia que fala também português. Laloran Tasi Timor foi o nome de um grupo musical bastante ativo no processo da independência de Timor-Leste, atuando sobretudo em músicas de intervenção. Após alguns anos de ausência, o grupo volta a reunir-se com novos membros, fazendo ressurgir o espírito musical timorense que outrora marcara ponto forte na afirmação da  independência do seu País. Nélia Pereira (voz), Jiné Costa (bass guitar) e Kay Limak (guitarra) trarão as melodias do povo Maubere.

O Festival será realizado no Largo do Intendente, Lisboa, às 23h. Antes disso, por volta das 17h, haverá exibição de jogos da Copa do Mundo 2014 em um telão.

Para mais informações, clique aqui  

Com informações da organização do evento