Com informações da Cinegroup
Lançado no último dia 2, “Brasil DNA África” investiga a origem de afrodescendentes e a importância dos africanos na construção do Brasil. Brasileiros de ascendência africana foram escolhidos para visitar seu povo na África, levando à produção a Nigéria, Guiné Bissau, Angola, Camarões e Moçambique. A produção é baseada em três eixos: histórico, cultural e científico.
“A prova genética de que foram muitos os povos escravizados ajuda a findar preconceitos. Pessoas com diferentes hábitos, línguas e condições financeiras foram trazidas ao Brasil. Há quem não goste de dizer que sua ancestralidade vem de homens em condições de escravos. Mostramos que, na verdade, eles foram guerreiros, que atravessaram o Oceano Atlântico, conseguiram sobreviver e criar famílias. Temos de ter orgulho da nossa ancestralidade”, diz Mônica Monteiro, CEO da Cine Group e responsável pela direção geral do documentário.
Produzido pela Cinegroup e dirigido por Carlos Alberto Jr. e Alexandre Jordão, o filme reuniu, ao todo, 150 pessoas fizeram testes de DNA para descobrir suas origens. O exame identifica se a pessoa compartilha a ancestralidade de determinadas etnias africanas. Mais de 220 etnias africanas estão registradas no banco de dados do laboratório responsável pelos testes, o African Ancestry, baseado em Washington, Estados Unidos.
O longa-metragem busca resgatar laços interrompidos pela escravidão. Inúmeros povos foram escravizados ao longo da história da humanidade. Entre os séculos XVI e XIX, mais de 4,8 milhões de africanos foram trazidos para o Brasil como escravos. Ao todo, 51% da população brasileira se declara negra ou parda, mas a maioria desconhece sua origem.
O projeto teve início em 2013, com a seleção de participantes ligados a movimentos negros, artistas, jornalistas e formadores de opinião. Fizeram o exame de DNA a atriz Zezé Motta, o sambista Martinho da Vila, a compositora Ana de Hollanda, a cantora Margareth Menezes, o ator Antonio Pitanga, o músico Naná Vasconcelos e o presidente do Olodum, João Jorge, entre outros.
No filme, Zulu Araújo, diretor da Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, descobre que é descendente do povo tikar. Ele se emociona durante sua visita à República do Cameroun. A consultora de moda Juliana Luna, do Rio de Janeiro, vai à Nigéria conhecer o povo iorubá. O jornalista e poeta maranhense Raimundo Garrone viaja para Guiné Bissau. Ele é descendente do povo Balanta. O mestre de maracatu Levi da Silva Lima, de Pernambuco, descobriu que descende dos Makua e visita Moçambique. Por fim, o músico Sérgio Pererê, de Minas Gerais, conhece a Angola e descobre que os seus ancestrais são do povo Mbundu.
Ficha técnica
Criação, concepção, direção geral e roteiro: Mônica Monteiro
Produção executiva: Patrícia Monteiro e Luciana Pires
Coordenação de produção: Patrícia Monteiro e Felipe Favoreto
Coordenação de pós-produção: Bruno Fleck e Elessandra Cristina
Montagem: Edu Jung
Locução de abertura: Milton Gonçalves
Direção de arte: Rhamay Lima
Pesquisa: Zulu Araújo
Consultoria e pesquisa histórica: Bruno Véras
Computação gráfica: Rhamay Lima, Marcus Kullher, Sergio Mutuca, Pedro Corrêa e Thiago Mendonça de Almeida
Sobre a Cine Group
A produtora brasileira Cine Group é especializada no desenvolvimento de programas de televisão, documentários, vídeos, filmes publicitários, além de curtas e longas-metragens. São 19 anos de experiência no mercado audiovisual. A produtora mantém escritórios em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Moçambique e Malawi. No portfólio, destacam-se trabalhos como “Chegadas e Partidas”, “Mulheres de Aço”, “Esse Viver Ninguém Me Tira”, “Presidentes Africanos”, “BRICS – A Nova Classe Média” e “O Infiltrado”. Saiba mais em cinegroup.com.br.